O primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim disse na terça-feira que o então rei Muhamad V de Kelantan lhe concedeu um perdão real porque «sentiu que tinha havido uma fraude judicial» contra ele.
«Aquele que tomou então a iniciativa foi o próprio rei», defendeu durante um discurso no parlamento em que se dirigiu ao orçamento do próximo ano. «Ele chamou-me e disse-me que me concederia um perdão total porque o processo judicial contra mim era um caso claro de fraude», disse ele.
Em 2015, Anwar foi condenado a cinco anos de prisão após um tribunal federal ter confirmado a sentença contra ele num caso de sodomia. Foi libertado em 2018, depois de Muhamad V o ter perdoado.
Contudo, Anwar indicou que nem sequer pediu perdão e expressou que não concordava com a decisão do tribunal, de acordo com relatórios do «New Straits Times».
Os seus comentários surgem após o líder da oposição Hamzah Zainudin ter dirigido, durante a sessão de terça-feira, um artigo publicado nos meios de comunicação social italianos alusivo à sexualidade de Anwar. Hamzah apelou a Anwar para «fazer algo» para impedir a publicação do documento, mas criticou o uso de «questões pessoais» para o atacar.
Fonte: (EUROPA PRESS)