O director-geral da Polícia Rodoviária do Brasil, Silvinei Vasques, foi destituído do cargo na terça-feira depois de ter sido acusado de um delito administrativo por ter convocado uma votação para Jair Bolsonaro nas últimas eleições.
Vasques foi alvo não só por ter pedido o voto de Bolsonaro, que é proibido aos funcionários públicos, mas também porque estava encarregado de gerir as operações de desbloqueio das estradas e auto-estradas ocupadas pelos apoiantes do antigo presidente brasileiro, depois de saber da sua derrota.
Em Novembro, a Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou a queixa da acusação e acusou Vasques de ter contribuído para o «confronto» entre os eleitores durante os movimentos no dia da segunda volta das eleições, a 30 de Outubro, bem como posteriormente, quando os resultados foram anunciados.
Desde o início das eleições, Vasques tem vindo a utilizar as suas redes sociais para solicitar explicitamente um voto para Bolsonaro, mesmo utilizando símbolos e imagens da instituição policial que dirige para esse fim.
Para além deste delito administrativo, Vasques está a ser investigado pela Polícia Federal pela sua gestão durante a crise dos bloqueios que os apoiantes de Bolsonaro descontentes com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva impuseram em algumas das principais estradas e auto-estradas do país.
Se for considerado culpado, poderá enfrentar acusações de prevaricação e até de participação por omissão em crimes contra o Estado democrático, relata o jornal «O Globo».
Fonte: (EUROPA PRESS)