As autoridades russas acrescentaram na terça-feira o influente proprietário da galeria e antigo conselheiro do Kremlin Marat Gelman à sua lista de procurados um ano depois de o terem declarado «agente estrangeiro» e no meio da invasão russa da Ucrânia.
Gelman, que se mudou para o Montenegro em 2014 após ter denunciado um aumento das medidas restritivas contra artistas na Rússia, aparece agora na base de dados do Ministério do Interior, que menciona a sua cidadania israelita mas não esclarece as razões exactas para a sua inclusão, segundo o The Moscow Times.
Em Janeiro deste ano, várias pessoas pintaram graffiti na janela da sua casa em Moscovo com as palavras «agente russo». O homem de 61 anos estava de visita à capital russa.
Gelman ligou agora isto ao último discurso do Presidente Vladimir Putin, no qual ordenou serviços especiais para procurar agentes «inimigos» no estrangeiro. «Os agentes russos são pagos e querem continuar a ser pagos. É por isso que eles têm de procurar todos estes inimigos. Se ficarem sem inimigos, são enviados para a frente para morrer», disse ele.
No início dos anos 2000, Gelman trabalhou como consultor para a comitiva de Putin e mais tarde chefiou uma estação de televisão estatal. Antes de se voltar para a política, trabalhou no mundo da arte e fundou uma das primeiras galerias de arte privadas da Rússia.
Fonte: (EUROPA PRESS)