A US Food and Drug Administration (FDA) disse sexta-feira que a variante XBB.1.5 do coronavírus é susceptível de ser resistente ao medicamento COVID-19 da AstraZeneca «Evusheld».
De acordo com a FDA, o antiviral da empresa farmacêutica britânica pode não fornecer protecção contra o desenvolvimento da COVID-19 para os indivíduos que a recebem e são subsequentemente expostos à nova variante.
Evusheld foi o último anticorpo da sua classe ainda licenciado nos EUA para prevenir a infecção em indivíduos de alto risco, uma vez que todos os outros medicamentos tinham sido descartados devido à grande probabilidade de não protegerem contra novas variantes.
As terapias de anticorpos têm sido essenciais para tratar e prevenir doenças em cerca de sete milhões de americanos imunocomprometidos para os quais as vacinas e os antivirais podem ser menos eficazes, de acordo com a Bloomberg.
Contudo, como o vírus COVID-19 sofreu uma mutação, retirou anticorpos do mercado um a um.
Actualmente, XBB.1.5, que vem da Omicron, é responsável por 28% de todas as variantes que circulam nos EUA, de acordo com dados da FDA.
O Director-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que a agência internacional de saúde está a avaliar o rápido aumento da variante XBB.1.5 nos EUA e em 24 outros países.
Tedros disse que estava «realmente preocupado» com o actual quadro epidemiológico da COVID-19, «tanto devido à intensa transmissão em várias partes do mundo como devido a uma subvariante recombinante de rápida propagação».
A este respeito, assegurou que a OMS «está a acompanhar de perto e a avaliar o risco desta subvariante e apresentará um relatório em conformidade» sobre novos dados.
Fonte: (EUROPA PRESS)