O embaixador russo na ONU, Vasili Nebenzia, garantiu ao Conselho de Segurança da ONU na terça-feira que o governo do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está a preparar novas iniciativas para «eliminar completamente» a Igreja Ortodoxa Ucraniana.
«Segundo as informações disponíveis, o regime no poder está a preparar uma série de novas iniciativas destinadas a discriminar as comunidades e os crentes da Igreja Ortodoxa Ucraniana, retirando-lhe o seu nome histórico e legal, e até mesmo eliminando-o por completo», disse Nebenzia, relatou a agência noticiosa TASS.
Neste sentido, explicou que a Ucrânia está «à beira de um conflito inter-confessional em grande escala que a história da Europa moderna ainda não viu». Nebenzia disse que Kiev, com apoio ocidental, estabeleceu um plano para «minar» a Igreja.
Desta forma, salientou que Moscovo não tolerará que «perto» das suas fronteiras «se forme uma ditadura russófoba e anticristã». «A Ucrânia está agora literalmente a um passo de uma catástrofe religiosa interna fratricida», disse ele noutra parte do seu discurso, de acordo com uma declaração da missão russa junto da ONU.
Durante a sua comparência, o embaixador russo também aproveitou a oportunidade para apelar à ONU para prestar «assistência activa» na libertação da activista dos direitos humanos Elena Berezhnaya, que se encontra detida na Ucrânia.
«A activista ucraniana dos direitos humanos Elena Berezhnaya, que há oito anos estuda e documenta o processo de formação do neonazismo na Ucrânia e falou com os membros do Conselho de Segurança em Março do ano passado, foi detida pelos serviços especiais ucranianos e continua sob custódia sob uma acusação absurda de traição», disse ele.
Disse ter conhecimento de casos de «pessoas perseguidas e presas com base em publicações, declarações e mesmo queixas». «Em geral, só porque ouvem música russa e lêem meios de comunicação em russo», disse ele.
Fonte: (EUROPA PRESS)