O senador do Kentucky e actual líder da minoria republicana no Senado dos EUA Mitch McConnell apelou na terça-feira ao conselho especial do Departamento de Justiça para tratar o ex-presidente Donald Trump e o actual presidente Joe Biden igualmente nas investigações sobre documentos classificados.
McConnell, que nos últimos anos confrontou Trump culpando-o mesmo pelo resultado das eleições parlamentares intercalares, defendeu o antigo presidente, avisando os procuradores que devem aplicar as mesmas normas nas investigações, de acordo com o jornal «The Hill».
«Penso que o importante sobre os documentos é que estes dois tipos devem ser tratados exactamente da mesma forma. Exactamente da mesma maneira. E penso que o procurador-geral fez provavelmente a coisa certa ao ter dois conselheiros especiais», disse ele.
Nas últimas semanas, a Casa Branca confirmou que as autoridades americanas encontraram pelo menos duas dúzias de documentos secretos no escritório e residência de Biden, datados do seu tempo como vice-presidente, sob a direcção de Barack Obama.
Biden terá manifestado surpresa com a presença de documentos secretos e afirmou repetidamente que leva a sério o tratamento de documentos oficiais, apesar de os advogados terem encontrado os primeiros documentos dias antes das eleições intercalares.
Esta controvérsia surge meses depois do FBI ter tido de invadir a mansão de Mar-a-Lago, Florida, de Trump, onde foram encontrados centenas de ficheiros secretos, alguns dos quais carimbados como ‘top secret’.
O Partido Republicano criticou a Casa Branca nas últimas semanas, denunciando uma possível «duplicidade de critérios» no tratamento de Biden. Por seu lado, a Casa Branca criticou os republicanos, acusando-os de hipocrisia e de envolvimento em «teatro político».
Um porta-voz do gabinete do conselheiro da Casa Branca, Ian Sams, sublinhou que «o presidente e a sua equipa têm sido totalmente cooperantes, agindo de forma responsável e assegurando que isto é tratado adequadamente», enquanto que a atitude dos republicanos tem sido «muito diferente», envolvendo-se em «acrobacias políticas».
Fonte: (EUROPA PRESS)