O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para o Peru, Bolívia e Equador apelou aos participantes nos protestos no país para respeitarem o trabalho dos trabalhadores da saúde, dizendo que os feridos e doentes não podem ser abandonados.
«Com grande preocupação pela situação de protesto social no Peru, recordamos à população em geral que existem deveres e direitos do pessoal de saúde que devem ser respeitados e protegidos», disse a organização numa declaração na rede social Twitter.
Segundo o CICV, os trabalhadores da saúde têm o dever de proporcionar um tratamento humano, digno, imparcial e não discriminatório aos feridos e doentes, assegurando que os cuidados de saúde são compatíveis com os direitos humanos e a ética profissional.
Afirmou também que o pessoal de saúde tem direito à dignidade, integridade moral, psicológica e física. Além disso, sublinhou a importância de não ser vítima de violência e de ter liberdade de movimentos para aceder a lugares onde a sua presença é necessária para o cuidado dos feridos e doentes.
«As instalações de saúde e o transporte médico devem ser respeitados e protegidos. Não devem ser atacados ou prejudicados em momento algum», salientou o CICV na sua carta.
A lembrança do CICV chega no dia de um grande protesto na capital peruana, Lima, para o qual 11.000 polícias foram mobilizados para manter a segurança na manifestação.
Os protestos começaram a 7 de Dezembro, quando o ex-presidente Pedro Castillo foi deposto pelo Congresso peruano, depois de o ex-presidente ter anunciado a sua intenção de dissolver o Parlamento Andino e de constituir um governo de emergência.
Estas reivindicações sociais apelam ao governo do actual presidente peruano, Dina Bolaurte, a demitir-se. Também apelam a eleições presidenciais urgentes e à dissolução do Congresso.
Fonte: (EUROPA PRESS)