O Primeiro-Ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, afirmou que as últimas medidas anti-corrupção do governo significaram tomar «decisões pessoais difíceis», mas são fundamentais para as aspirações do país de aderir à União Europeia (UE).
«Quando as acusações aparecem nos meios de comunicação social, devem ser investigadas pelas autoridades e, se forem confirmadas, tomamos decisões pessoais difíceis», disse Shmigal numa entrevista com a revista alemã Der Spiegel.
Na semana passada, o Presidente ucraniano Volodimir Zelenski anunciou a demissão de uma dúzia de altos funcionários, bem como uma série de rusgas que continuaram esta semana em vários organismos públicos, incluindo o Ministério das Finanças, por alegado suborno.
Shmigal explicou que, devido à guerra, muitas das regras foram retiradas para facilitar, entre outras coisas, a contratação de serviços, que «infelizmente» tem sido utilizada por alguns para «lucrar».
Neste sentido, garantiu que hoje é necessário «regressar aos procedimentos e medidas de segurança anteriores à guerra» se quisermos avançar nas nossas aspirações de adesão à União Europeia, o que exige uma luta eficaz contra este tipo de crime como pré-requisito para a adesão ao grupo.
Falando antes da cimeira UE-Ucrânia de sexta-feira em Kiev, Shmigal disse esperar que o calendário para a adesão à UE pudesse ser antecipado dos «cinco, sete, dez anos» das negociações de adesão para dois anos. «O nosso objectivo é estarmos prontos para a adesão em 2024.
O primeiro-ministro ucraniano assegurou que o governo fez todos os possíveis para implementar os sete requisitos impostos por Bruxelas antes desta cimeira, a primeira desde o início da invasão russa, e confia que os seus parceiros europeus verão que têm «tolerância zero» em relação à corrupção.
Fonte: (EUROPA PRESS)