O ex-presidente boliviano Jeanine Áñez apresentou um recurso contra dois juízes de um tribunal de primeira instância em La Paz, alegando que já tinham conhecimento do caso pelo qual ela foi condenada a dez anos de prisão na conspiração do ‘Golpe de Estado II’.
Especificamente, o ex-presidente alegou que os juízes Orlando Rojas e Claudia Castro tinham conhecimento prévio do seu caso, o que comprometeria a sua imparcialidade, de acordo com o «El Deber».
«Recuso-me a dirigir a audiência de recurso da ‘Patraña 2’ aos juízes do Quarto Tribunal Penal, Orlando Rojas e Claudia Castro, que deveriam desculpar-se por terem tido conhecimento do caso previamente na sua qualidade de juízes de investigação e por terem decidido contra mim. Chega de injustiça!» disse o ex-presidente na rede social Twitter.
Da mesma forma, o ex-presidente boliviano recordou que o artigo 180 da Constituição do país estabelece que a jurisdição ordinária «se baseia nos princípios processuais da idoneidade, da honestidade, da legalidade e do devido processo». Ela afirmou que os princípios deste artigo tinham sido violados pelos juízes Rojas e Castro.
Jeanine Áñez esteve em prisão preventiva durante quase 700 dias pela sua participação no caso «Golpe de Estado II», pelo qual foi condenada a 10 anos de prisão em Junho passado.
Especificamente, o ex-presidente foi considerado culpado dos crimes de violação de deveres e resoluções contrárias à Constituição, por se autoproclamara presidente da Bolívia em 2019.
Fonte: (EUROPA PRESS)