Os serviços de emergência italianos localizaram num barco com migrantes e refugiados os corpos sem vida de oito pessoas que morreram de frio durante a travessia, incluindo uma mulher em estado avançado de gravidez, de acordo com os relatos dos próprios sobreviventes, que relataram o desaparecimento de outros dois, incluindo um recém-nascido.
O barco foi localizado pelo escritório do capitão do porto a pouco mais de 40 milhas da ilha. No interior, foram encontrados os corpos de cinco homens e três mulheres, de acordo com as autoridades locais, que estão agora a tentar reconstruir o que aconteceu.
Os sobreviventes também alegaram que uma das mulheres mortas atirou o seu filho recém-nascido ao mar após este ter congelado até à morte, e que outro homem desapareceu depois de saltar borda fora, segundo fontes citadas pela agência AdnKronos.
O presidente da câmara de Lampedusa, Filippo Mannino, implorou ao governo de Giorgia Melonni que não os deixasse «sozinhos» para «gerir esta grande tragédia». A ilha é um dos principais pontos de destino dos barcos que partem do Norte de África para as costas do sul da Europa.
Só no Mediterrâneo central, 55 pessoas morreram até agora este ano, de acordo com estimativas da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O ano 2022 encerrou com pelo menos 1.385 fatalidades nesta mesma área, embora o número real fosse mais elevado dado que há casos que nunca são registados.
Fonte: (EUROPA PRESS)