O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou que um total de 357 prisioneiros foram libertados no sábado, o segundo dia do processo de troca de prisioneiros entre o governo iemenita e a insurreição huthi.
Todas as operações de libertação estão agora completas e um total de 357 prisioneiros foram transferidos», disse o CICV numa mensagem publicada no Twitter. Amanhã continuaremos a facilitar a libertação de mais prisioneiros», afirmou o CICV.
O intercâmbio segue-se a negociações com a delegação saudita e omani que chegou ao país no fim de semana passado, o que marcou um ponto de viragem na guerra sangrenta que assola o país há uma década.
Um primeiro avião voou 120 prisioneiros de Abha, Arábia Saudita, para Sana’a. Dois outros aviões voaram 60 prisioneiros para Sana’a. Dois outros aviões voaram 60 prisioneiros da capital saudita, Riade, para Moja, enquanto outro voo levou 20 prisioneiros de Sana’a para Riade. Outro voo levou 117 prisioneiros de Abha para Sana’a e outro voo de Moja levou 40 prisioneiros para Sana’a.
Na sexta-feira, um primeiro voo com 125 pessoas deixou Aden, a sede do governo reconhecido do Iémen, para Sana’a, detido pelos rebeldes, enquanto mais 35 pessoas voaram para o outro lado. Pouco depois, outras 124 pessoas voaram de Aden para Sana’a e 34 na direcção oposta.
A troca de prisioneiros, que envolve a troca de cerca de 900 pessoas, começou com vários dias de atraso na sexta-feira após ter sido alcançado um acordo a 20 de Março na capital suíça, Berna, numa reunião co-presidida pelo CICV e pelo gabinete do enviado especial do Secretário-Geral da ONU para o Iémen, Hans Grundberg.
A guerra no Iémen mergulhou o que em tempos foi um dos países mais pobres do mundo na pior catástrofe humanitária do mundo actual, de acordo com as Nações Unidas. Mais de 21 milhões de iemenitas – dois terços da população – precisarão de ajuda humanitária este ano e 17 milhões deles precisarão de assistência urgente para sobreviver.
O conflito deixou cerca de 380.000 pessoas mortas – mais de 85.000 das quais crianças – quer devido aos combates, quer devido à fome e à doença, às quais se devem acrescentar quatro milhões de pessoas deslocadas, de acordo com as agências da ONU.
Fonte: (EUROPA PRESS)