Um tribunal de Moscovo condenou a figura proeminente da oposição Vladimir Kara Murza a 25 anos de prisão por vários crimes, incluindo alta traição, e proibiu-o de praticar jornalismo durante sete anos.
Kara Murza, que já era considerada pelas autoridades russas como agente estrangeira, foi condenada na segunda-feira por traição, divulgando informações falsas sobre as forças armadas e cooperando com uma organização indesejável, obtendo-lhe uma longa pena numa prisão de segurança máxima.
Além disso, o tribunal também lhe multou 400.000 rublos (cerca de 4.470 euros), relata a Interfax.
A defesa já anunciou que irá recorrer da condenação de Kara Murza, que durante anos foi uma das vozes mais reconhecidas e críticas ao Kremlin e sobreviveu a dois envenenamentos. Foi preso em Abril de 2022, com a ofensiva militar sobre a Ucrânia já em curso, e a sua situação tem sido criticada em várias ocasiões por organizações de direitos humanos.
A perseguição do Kremlin à Kara Murza faz parte dos esforços para desmoralizar e esmagar o activismo civil», lamentou na semana passada Hugh Williamson, oficial da Human Rights Watch para a Europa e Ásia Central. A figura da oposição, um amigo do falecido Boris Nemtsov, foi recentemente galardoado com o Prémio dos Direitos Humanos Vaclav Havel do Conselho da Europa.
Fonte: (EUROPA PRESS)