O Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano Dimitro Kuleba advertiu que, para além do ataque de quarta-feira à embaixada em Madrid, houve outros «acontecimentos alarmantes» em outros edifícios diplomáticos ucranianos no estrangeiro.
«Tem havido outros acontecimentos alarmantes, não relacionados com explosivos, mas com o envio de ameaças muito específicas à embaixada ucraniana», disse o ministro, que não entrou em mais pormenores, segundo Ukrinform.
De facto, questionado sobre que tipo de ameaças e em que locais, Kuleba salientou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano emitirá em breve uma declaração sobre o assunto, embora se tenha aventurado a afirmar que existe uma «campanha orientada em larga escala» contra o seu país.
O representante ucraniano salientou também a necessidade de esclarecer quem está por detrás destas ameaças, incluindo a carta explosiva enviada à embaixada em Madrid, que deixou um funcionário diplomático ligeiramente ferido.
Relativamente ao incidente na capital espanhola, Kuleba disse que as autoridades ucranianas estão a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades espanholas para descobrir quem está por detrás do ataque.
«Temos realmente um palpite sobre quem está por detrás disto, mas temos de seguir toda a rede de agentes e pessoas envolvidas nesta campanha», disse Kuleba, que denunciou que o seu país está a sofrer de uma nova forma de aterrorizar a população.
O ministro dos Negócios Estrangeiros condenou na quarta-feira o «ataque terrorista» à embaixada em Madrid e disse que as autoridades ucranianas tomariam «todas as medidas» para assegurar que os perpetradores «sofram punições severas».
A carta explosiva que na quarta-feira causou ferimentos menores na mão de um trabalhador na Embaixada da Ucrânia em Madrid continha elementos pirotécnicos, disseram fontes policiais à Europa Press após análise preliminar da substância detonante.
A explosão ocorreu quando o trabalhador, um cidadão ucraniano, estava a manusear o envelope numa área de jardim da legação diplomática. A carta foi endereçada ao embaixador, Sergei Pohoreltsev.