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Bukele é promovido como o garante da segurança em El Salvador enquanto as suas políticas são criticadas.

Pedro Santos

2022-11-19
Arquivo
Arquivo – O Presidente de El Salvador Nayib Bukele supervisiona dezenas de soldados do exército. – Camilo Freedman/dpa

No final de Março, quando El Salvador registou 62 homicídios em apenas um dia, a Assembleia Legislativa do país aprovou a implementação de um estado de emergência que foi prolongado ao longo dos meses, culminando na detenção de dezenas de alegados membros de gangues e na erradicação da violência nas ruas do país centro-americano.

Estes são, de facto, os principais argumentos que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, apresenta periodicamente para promover a sua chamada «guerra contra os bandos» e tentar vender a eficácia das suas leis ao mundo. Entretanto, as organizações de direitos humanos têm vindo a questionar estas medidas há meses.

Durante o estado de emergência, o governo salvadorenho pode suspender certas liberdades e garantias a fim de facilitar o destacamento de militares e polícias para as ruas, especialmente nos municípios que acumularam mais homicídios durante a escalada de violência em Março.

Especificamente, a medida prevê a suspensão do direito de reunião em todo o país, o aumento do período máximo de detenção de 72 horas para 15 dias, a supressão do direito à legítima autodefesa e a eliminação do direito a não ser explorado nas telecomunicações.

Durante os mais de sete meses em que a medida de emergência esteve em vigor, as autoridades salvadorenhas certificaram a detenção de mais de 57.500 alegados membros de gangues, que a presidência do país descreve como «terroristas». Do mesmo modo, foram confiscadas quase 1.900 armas de fogo, munições abundantes, milhares de telemóveis, veículos e cerca de 1,5 milhões de dólares em dinheiro.

Neste contexto, a polícia e o próprio Bukele intensificaram a sua campanha para tentar defender a medida como um passo necessário para alcançar alguma segurança e estabilidade social em El Salvador. De acordo com as autoridades, o país tem vindo a registar uma tendência decrescente nos homicídios nos últimos meses, não tendo sido registadas mortes violentas nas últimas duas semanas.

A luta das autoridades contra os bandos é tal que o governo salvadorenho até lançou uma operação para destruir as sepulturas de membros de bandos mortos pelo governo. Uma medida que Bukele considera necessária para pôr fim à memória e aos símbolos de violência.

No início de Novembro, o chefe de estado salvadorenho partilhou um vídeo no Twitter em que os trabalhadores podem ser vistos a bater nos túmulos de dezenas de falecidos, acrescentando que esta é uma tentativa de «compensar um pouco os danos que eles (os membros do bando) fizeram à sociedade».

SEGURANÇA A CUSTO DOS DIREITOS HUMANOS Contudo, o que Bukele considera ser uma medida de poupança não teve o mesmo acolhimento entre algumas das mais proeminentes ONG e organizações internacionais, tais como a Amnistia Internacional e a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), que têm instado repetidamente as autoridades a garantir os direitos e liberdades dos cidadãos e a pôr fim às detenções que consideram arbitrárias.

A Amnistia Internacional reconheceu que a violência dos bandos aterrorizou os Salvadorenhos durante 30 anos, tornando a «guerra contra os bandos» anunciada por Bukele uma medida popular para impedir o que «nada mais fez do que infligir miséria à população».

No entanto, a ONG denunciou que «a segurança pública não deve ser alcançada à custa de violações maciças dos direitos humanos», questionando o facto de mais de um por cento da população estar atrás das grades só porque parecem «suspeitas» e aludindo às pelo menos 73 pessoas que morreram de facto sob custódia das autoridades, A Amnistia recolheu declarações de alguns ex-membros de gangues como a notória Mara Salvatrucha que denunciaram que as medidas repressivas aplicadas pelas autoridades «não alteram o membro do gangue» e argumentaram que a solução para impedir a entrada de jovens em gangues é garantir oportunidades educacionais e de emprego.

Pela sua parte, a CIDH advertiu contra o facto de a Assembleia Nacional Salvadorenha ter prolongado o estado de emergência em tantas ocasiões, uma medida que, como o seu nome sugere, não deve ser normalizada, uma vez que implica a suspensão dos direitos fundamentais dos cidadãos.

«O estado de emergência é uma disposição para circunstâncias extraordinárias e não um meio para enfrentar o crime comum», a organização declarou há vários dias num comunicado em que apelava às autoridades salvadorenhas para garantir o cumprimento da Convenção Americana.

«OS ‘PERITOS’ DISSERAM QUE ERA IMPOSSÍVEL».

Enquanto as críticas se sucedem, Bukele gaba-se da sua «guerra» contra o crime, que conseguiu transformar o «país mais inseguro do mundo» no «mais seguro da América Latina», embora «os ‘peritos’ tenham dito que era impossível». «Continuamos a construir o país com que todos sonhamos», afirmou em algumas ocasiões.

Assim, no que se tornou um confronto directo com organizações internacionais, Bukele sugeriu mesmo que as suas medidas «parecem incomodar» «os grandes meios de comunicação, as ONG e a oposição» e questionou se são realmente organizações que defendem os direitos humanos.

«Se a CIDH fosse uma verdadeira organização de direitos humanos, ficaria feliz por em El Salvador o direito humano mais importante estar tão fortemente protegido: o direito à vida», disse o líder salvadorenho nas suas redes sociais.

Juntamente com as reprimendas das organizações, Bukele está também a ganhar a desaprovação de parte da comunidade internacional, que vê no homem que ironicamente se proclamou como «o ditador mais fixe do mundo» um líder que gradualmente tomou o controlo do parlamento e demitiu juízes e procuradores críticos.

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