O parlamento da Moldávia aprovou uma prorrogação de 60 dias do estado de emergência do país, primeiro devido a preocupações de segurança ligadas à guerra na Ucrânia, e mais tarde devido à ameaça que o conflito representa para a estabilidade energética do país.
O actual estado de emergência expirou na quarta-feira, 6 de Dezembro, mas com esta nova prorrogação, o Parlamento moldavo prorrogou a medida de emergência até à primeira semana de Fevereiro.
«Na situação actual, ainda há necessidade de alavancas e ferramentas que permitam a tomada de decisões rápidas e eficientes», disse a primeira-ministra moldava Natalia Gavrilita durante a sessão parlamentar.
De acordo com Gavrilita, que pediu ao parlamento que prorrogasse a medida de emergência, os ataques russos às infra-estruturas energéticas da Ucrânia também provocaram apagões generalizados na rede eléctrica moldava.
Do mesmo modo, os mísseis russos que atravessam o espaço aéreo moldavo representam uma ameaça não só para a segurança da aviação civil moldava, mas também para a segurança dos cidadãos moldavos como um todo, de acordo com a agência noticiosa Moldpres.
«Dia após dia, temos de encontrar soluções para ter electricidade e gás», defendeu Gavrilita, recordando que sem o estado de emergência, as empresas não poderiam ter sido ajudadas, as instalações de armazenamento de gás não estariam disponíveis, e não teria sido possível comprar electricidade à Roménia.
Em virtude do estado de emergência, a Comissão para Situações Excepcionais está habilitada a emitir ordens vinculativas aos chefes das administrações públicas a nível nacional e local, bem como aos próprios cidadãos.
O estado de emergência está em vigor no país desde 24 de Fevereiro, há mais de nove meses, quando o Presidente russo Vladimir Putin ordenou o início da guerra na Ucrânia, que faz fronteira com a Moldávia.