A presidente do Peru, Dina Boluarte, apelou ao fim da violência no contexto dos protestos que se seguiram à expulsão do ex-presidente Pedro Castillo que deixou pelo menos uma pessoa morta, reiterando ao mesmo tempo a necessidade de diálogo.
«A vida de nenhum peruano merece ser sacrificada por interesses políticos. Manifesto as minhas condolências pela morte de um cidadão em Andahuaylas», disse ele numa mensagem no seu perfil do Twitter.
A Polícia Nacional peruana confirmou horas antes a morte de um cidadão nos protestos organizados no aeroporto de Andahuaylas, na região peruana de Apurimac.
O Gabinete do Provedor de Justiça indicou que a primeira fatalidade dos confrontos deste fim-de-semana é um adolescente de 15 anos.
«Reiteramos que a violência não faz parte do direito de protesto e que as intervenções policiais devem respeitar os direitos dos indivíduos», lê-se numa declaração.
O governador regional da Apurímac, Baltazar Lantarón Núñez, apelou publicamente ao Presidente Boluarte para antecipar as eleições gerais, encerrar o Congresso, e considerar a elaboração de uma nova constituição, menos de 24 horas antes do início da greve popular indefinida.
Segundo a Andina, os camponeses do departamento centro-oriental peruano de Ucayali anunciaram também que iriam realizar protestos na segunda-feira a favor do antigo presidente.
Em Arequipa, grupos de mineiros bloquearam as estradas de acesso na província de Caravelí, e a Federação Nacional Peruana de Trabalhadores da Educação (Fenate), fundada há cinco anos por Castillo, anunciou uma greve nacional a 15 de Dezembro para exigir novas eleições gerais.