O Alto Representante da UE para a Política Externa Josep Borrell discutiu com o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar Mohamed bin Abdulrahman Al Thani, o alegado suborno de deputados europeus e assistentes parlamentares pelo Estado do Golfo para ganhar influência política e económica no continente, afirmando que as investigações em curso deveriam lançar luz sobre o caso.
Como parte da sua visita à Jordânia para participar num fórum centrado no Médio Oriente, o chefe da diplomacia europeia reuniu-se pela primeira vez com um representante do Catar desde que o escândalo eclodiu, o que também implicou a vice-presidente destituída do Parlamento Europeu, Eva Kaili.
«Discutimos questões regionais e bilaterais, incluindo as alegações contra membros e funcionários do Parlamento Europeu. Concordámos sobre a necessidade de as investigações em curso proporcionarem total clareza», disse Borrell num post dos meios de comunicação social sobre o encontro com Al Thani.
Pela sua parte, o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar insistiu que o processo judicial deve ser respeitado e «não antecipar os resultados das investigações» e denunciou o papel dos meios de comunicação social por apontarem o dedo ao Qatar. «Afirmei a nossa rejeição de fugas de informação enganosas sobre o Qatar», disse ele noutra mensagem.
Durante todo o dia Eva Kaili confessou que sabia das grandes quantidades de dinheiro em sua casa e pediu ao seu pai que guardasse algum, mas não admitiu o seu envolvimento nos negócios corruptos, pelos quais o seu parceiro, Francesco Giorgi, também detido, assumiu a culpa.
A social-democrata grega está na prisão desde a sua detenção há mais de uma semana e será realizada uma audiência esta quinta-feira no Tribunal de Primeira Instância em Bruxelas para decidir se deve continuar na prisão, uma vez que as autoridades judiciais já ordenaram para dois outros arguidos, o próprio Giorgi e o antigo deputado socialista Pier Antonio Panzeri.
Fonte: (EUROPA PRESS)