O Secretariado dos Direitos Humanos (SDH) da Argentina informou na terça-feira da morte de um dos fundadores de Madres de Plaza de Mayo, Haydée Gastelú, que fez parte da associação durante 25 anos.
«O SDH lamenta a morte da amada Haydée Gastelú, uma das Mães da Plaza de Mayo que esteve presente na primeira ronda da primeira ronda a 30 de Abril de 1977», disse a organização numa mensagem na rede social Twitter.
A líder da organização de direitos humanos estava na primeira ronda, quando procurou saber o paradeiro do seu filho Horacio, que foi raptado oito meses antes desta ronda, e que mais tarde foi conhecido por ter sido assassinado no Massacre de Fátima, segundo a Télam.
«Após 25 anos de busca, Haydeé conseguiu encontrar o corpo do seu filho Horacio, assassinado no massacre de Fátima, e os responsáveis foram processados e encarcerados», disse o Secretariado.
A organização Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora, da qual Haydeé era membro, também confirmou a sua morte na sua conta do Facebook, onde a recordou como uma «firme e incessante buscadora de justiça e verdade».
«Tu és a mãe de Alicia, a mãe de Horacio, a mãe de Diego, a mulher de Coco: bela família. Horacio foi-lhe retirado pela última ditadura civil-militar-eclesiástica e perdemo-lo para sempre. Só os seus restos recuperados lhe devolveram alguma paz e até um pouco de felicidade», disseram eles.
«Sereno e sábio, o teu grande coração fez-te companhia de tantas mães, e a mãe de tantas irmãs dos desaparecidos», acrescentaram eles.
A 30 de Abril de 1977, dezasseis mulheres marcharam, de braço dado, à volta da Pirâmide de Maio em protesto contra a incerteza quanto ao paradeiro dos seus filhos desaparecidos. As suas caminhadas semanais tornaram-se um símbolo da luta pelos direitos humanos e contra a ditadura militar argentina (1976-1983).
Fonte: (EUROPA PRESS)