
O Ministro da Defesa turco Hulusi Akar salientou que a reunião trilateral com os seus homólogos sírios e russos discutiu possíveis acções para «melhorar a situação» no país árabe e na região para «assegurar a paz, a tranquilidade e a estabilidade».
«Sublinhámos que respeitamos a integridade territorial e a soberania de todos os nossos vizinhos, especialmente a Síria e o Iraque, e que o nosso único objectivo é combater o terrorismo. Não temos outro objectivo», disse ele, como noticiado pela agência noticiosa estatal turca Anatólia.
O exército turco lançou nos últimos anos várias ofensivas contra grupos curdos no Iraque e na Síria – principalmente o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as Unidades de Protecção Popular (YPG) – que Bagdade e Damasco denunciaram como uma violação da sua soberania.
Ele revelou que tinha dito a Moscovo e a Damasco que Ancara «está a fazer esforços para garantir a segurança do país, da nação e das fronteiras» e para «evitar mais migração da Síria para a Turquia», e que estava empenhado em resolver a crise no quadro da Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Akar salientou que este diálogo não irá contra os interesses da oposição síria e dos refugiados na Turquia. «Está fora de questão que possamos fazer tudo contra os nossos irmãos e irmãs sírios que vivem na Turquia e na Síria», disse ele.
«Nunca considerámos e nunca iremos considerar um comportamento que os pudesse colocar em apuros. Todos devem saber disto e agir em conformidade», disse o ministro da defesa turco, como relatado pelo diário ‘Hurriyet’.
O encontro, o primeiro do género desde o início da guerra síria em 2011, teve lugar em Moscovo para discutir a crise síria, num sinal de uma possível aproximação entre Ancara e Damasco, cujas relações bilaterais têm sido tensas pelo conflito e pelo apoio da Turquia a vários grupos rebeldes.
A reunião teve lugar após o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan ter proposto ao seu homólogo russo Vladimir Putin, em meados de Dezembro, a realização de uma reunião trilateral com o Presidente sírio Bashar al-Assad e a abertura de um processo de negociações.
A guerra na Síria foi desencadeada pela repressão das forças de segurança sobre uma série de manifestações pró-democracia no contexto da «Primavera Árabe», que levou a apelos à demissão de al-Assad e à subsequente criação de dezenas de grupos rebeldes para combater o exército.
Pela sua parte, a Rússia é um dos principais apoiantes internacionais do presidente sírio, e a sua intervenção militar em 2015 permitiu às forças governamentais repelir os avanços rebeldes e reconquistar a iniciativa no campo de batalha.
Fonte: (EUROPA PRESS)






