
O presidente cessante do Brasil, Jair Bolsonaro, declarou que «nada justifica» planos violentos como o que alegadamente previa um ataque na zona do aeroporto de Brasília e se distanciou das manifestações organizadas nos últimos dias em frente às instalações das forças armadas para apelar a uma revolta militar.
As forças de segurança brasileiras desmantelaram recentemente um alegado plano para provocar o caos na capital para coincidir com a tomada de posse do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciará um novo mandato de quatro anos no próximo domingo. O objectivo final do homem preso era «provocar uma intervenção das forças armadas», como ele próprio declarou às autoridades.
«Nada justifica (…) esta tentativa de acto terrorista na região do aeroporto», disse Bolsonaro durante uma aparição em redes sociais em que, ao mesmo tempo que se congratulava com a detenção do suspeito, criticava o facto de ser rotulado de «bolsonarista». «Hoje em dia, se alguém está errado, é bolonarista», lamentou ele.
Também se distanciou dos campos que exigiam em seu nome a anulação dos resultados das últimas eleições e a intervenção das Forças Armadas. A este respeito, disse que se trata de comícios espontâneos e que «se retirou» de qualquer tipo de protesto deste tipo, de acordo com o website do G1.
Bolsonaro, entretanto, permanece em silêncio sobre a sua esperada ausência na inauguração do seu sucessor, embora já se assuma que ele não comparecerá porque estará nos Estados Unidos. De facto, o governo publicou esta sexta-feira o jornal oficial que autoriza a viagem de um grupo de conselheiros do presidente cessante a Miami, em princípio até 30 de Janeiro.
Fonte: (EUROPA PRESS)