
O Presidente colombiano Gustavo Petro chegou a Caracas no sábado para se encontrar com o seu homólogo venezuelano Nicolas Maduro numa reunião extraordinária entre os dois líderes, após a reabertura total da fronteira entre os dois países na semana passada.
Petro aterrou no Aeroporto Internacional de Maiquetia, na periferia de Caracas, onde foi recebido pelo embaixador colombiano na Venezuela Armando Benedetti e pela vice-presidente venezuelana Delcy Rodriguez. Petro foi homenageado à chegada com um desfile militar de honra e de lá foi transferido para o Palácio Miraflores, a sede da presidência venezuelana.
O próprio Benedetti tinha-se encontrado com o novo ministro dos negócios estrangeiros venezuelano, Yván Gil. «Tivemos um agradável encontro com o Embaixador da Colômbia, Armando Benedetti, antes do encontro entre os Presidentes Gustavo Petro e Nicolás Maduro para continuar a restabelecer as relações bilaterais e aprofundar a irmandade entre os nossos povos», Gil postou no Twitter.
A reunião entre os dois líderes está marcada para as 13:00 horas locais (18:00 em Espanha), mas ainda não surgiram quaisquer pormenores da reunião para além do facto de que servirá de seguimento à reunião anterior de 1 de Novembro, relata a Radio Caracol.
Nessa altura, segundo a Caracol, as questões discutidas estavam relacionadas com a relação bilateral entre a Colômbia e a Venezuela, a reabertura das fronteiras e a questão-chave da reentrada da Venezuela no sistema interamericano de direitos humanos.
A fronteira entre a Venezuela e a Colômbia foi totalmente reaberta no dia de Ano Novo após a inauguração da velha ponte Tienditas, agora rebaptizada Atanasio Girardot, o epicentro de anos de crise entre os dois países.
A fronteira permaneceu fechada durante sete anos depois de Maduro ter ordenado um bloqueio entre os dois países latino-americanos durante o governo de Juan Manuel Santos devido à alegada presença de paramilitares colombianos no seu território, uma crise que se agravou com a expulsão de centenas de colombianos da Venezuela.
A ponte foi concluída em 2015, mas nunca foi inaugurada devido a problemas políticos entre os governos dos dois países. Em 2019, as autoridades venezuelanas bloquearam a passagem desta infra-estrutura rodoviária com contentores, depois de a oposição ter tentado trazer para o país a alegada ajuda humanitária, que Caracas descreveu como uma tentativa de invasão.
A Petro, por outro lado, trabalhou para restabelecer as relações com a Venezuela, e a retomada das ligações aéreas e do transporte de carga foi anunciada a 26 de Setembro.
Fonte: (EUROPA PRESS)