O Primeiro-Ministro do Haiti, Ariel Henry, anunciou que nos próximos dias o país começará a receber apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI) para responder à emergência alimentar que o Estado das Caraíbas enfrenta.
«Nos próximos dias deveríamos começar a receber apoio financeiro no âmbito de um programa chamado ‘Food Shock Window'», disse o líder sobre a ajuda, que teria como objectivo «ajudar os países mais afectados pelas consequências do conflito entre a Rússia e a Ucrânia».
Segundo o líder do Executivo, o Haiti é um dos primeiros países a beneficiar deste programa – chamado Food Shock Window – e vai permitir-lhe implementar «uma série de acções de protecção social», detalhou ele numa mensagem no Twitter.
Neste sentido, o programa do FMI concede apoio financeiro por um período de um ano aos países que se encontram numa situação de emergência alimentar devido a um aumento da sua factura de importação de alimentos ou a uma crise nas suas exportações de cereais, situação agravada no último ano pela invasão russa da Ucrânia.
Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo nono mês consecutivo em Dezembro, mas muitos produtos ainda se encontram a níveis recorde, disse a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) na sexta-feira.
«É importante permanecer vigilante e manter um forte enfoque na mitigação da insegurança alimentar global, uma vez que os preços mundiais dos alimentos se mantêm em níveis elevados, com muitos produtos quase a atingir níveis recorde, com os preços do arroz a subir, e com muitos riscos ainda associados a fornecimentos futuros», disse o Economista-Chefe da FAO Maximo Torero.
Os preços mundiais do trigo e do milho atingiram máximos recordes no ano passado. O mesmo aconteceu com o valor médio dos óleos vegetais, enquanto os índices individuais dos preços dos lacticínios e da carne marcaram de forma semelhante os seus níveis mais elevados desde 1990.
Fonte: (EUROPA PRESS)