
O governo iraniano está a considerar propor ao Iraque a criação de um «tribunal internacional conjunto» para julgar a morte do General iraniano Qasem Soleimani, considerado o arquitecto sombra da política militar internacional da República Islâmica, e do líder das milícias iraquianas Abu Mahdi al Muhandis num ataque dos EUA ao aeroporto de Bagdade em Janeiro de 2020.
A ideia foi reconhecida pelo chefe da comissão especializada do Irão no caso, Abbas Ali Kadjodaie. «Se conseguirmos estabelecer um tribunal internacional conjunto, o caso pode ser trazido mais rapidamente aos fóruns internacionais. Felizmente, dada a comunicação que existe entre os governos dos dois países, esta questão já está em cima da mesa», disse ele em comentários relatados pela agência noticiosa oficial iraniana IRNA.
O governo iraniano acusou esta semana os EUA de bloquear a investigação sobre as mortes do general e al-Muhandis, o segundo no comando das Forças de Mobilização Popular (PMF), uma coligação de milícias iraquianas pró-governamentais apoiada pelo Irão.
Deve recordar-se que o Irão solicitou em Janeiro de 2021 que a agência policial Interpol emitisse um alerta vermelho para a detenção do antigo Presidente dos EUA Donald Trump, que o Irão considera ser o último responsável pela morte do general, e de 48 outras pessoas alegadamente envolvidas no bombardeamento.
O então chefe do aparelho judicial iraniano e actual presidente iraniano, Ebrahim Raisi, salientou que Trump «terá de pagar» pela «atrocidade» do bombardeamento. O chefe da comissão de investigação reforçou ainda mais esta ideia: «É muito importante para os americanos saberem que a sua jogada foi um acto criminoso pelo qual devem assumir a responsabilidade», disse Kadjodaie.
Fonte: (EUROPA PRESS)






