
O empresário russo e fundador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, explicou a sua determinação em assumir a cidade ucraniana de Bakhmut por causa da «rede de cidades subterrâneas» na região.
Questionado pelos media sobre o interesse do grupo Wagner em tomar a cidade de Bakhmut, Prigozhin disse que a região é um «ponto central da Frente Oriental» e um «importante centro logístico», que a empresa partilhava no seu canal oficial de Telegramas.
«A cereja no bolo é o sistema mineiro Soledar e Bajmut, que é na realidade uma rede de cidades subterrâneas», disse ele.
«Não só tem a capacidade de albergar um grande grupo de pessoas a uma profundidade de 80-100 metros, como também tanques e veículos de combate de infantaria podem ser deslocados», acrescentou o oligarca russo, afirmando que os arsenais de armas têm sido armazenados nestes túneis desde a Primeira Guerra Mundial.
O empresário também enfatizou a capacidade defensiva geográfica e histórica única da cidade, em primeiro lugar devido à sua divisão por barreiras de água, e em segundo lugar devido aos arredores da região, que criam «um sistema defensivo único».
A este respeito, e no contexto dos ataques russos, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou no domingo o bombardeamento da cidade de Bajmut, na região oriental de Donetsk, que causou a morte de dois civis.
O líder ucraniano relatou os ataques no seu discurso diário à nação, no qual também acusou Moscovo de «palavras falsas» por alegadamente ter violado o cessar-fogo durante as férias de Natal ortodoxas.
«O mundo viu mais uma vez hoje como as palavras de Moscovo são falsas a todos os níveis. Aí disseram algo sobre um chamado cessar-fogo…. Mas a realidade é que as conchas russas atingiram novamente Bakhmut e outras posições ucranianas», disse o líder ucraniano num discurso à meia-noite marcando o fim da trégua.
Fonte: (EUROPA PRESS)