
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) instou a Espanha e a Suécia a utilizarem as suas respectivas presidências da UE para alargar «o espírito humanitário e de solidariedade» demonstrado em 2022 pelo bloco no rescaldo da guerra na Ucrânia e para proteger as pessoas forçadas a fugir das suas casas.
«O ACNUR insta as Presidências da UE deste ano a desenvolverem estas boas práticas, e a solidarizarem-se com todos os refugiados e requerentes de asilo, venham eles de onde vierem», disse o representante da agência junto da ONU, Gonzalo Vargas Llosa, que apelou a «uma nova visão do envolvimento da Europa».
A organização elaborou um roteiro que propõe a implementação do projecto do Pacto da UE sobre Migração e Asilo, o que implica também garantir o acesso a procedimentos de asilo justos e eficientes e criar mecanismos de solidariedade e de partilha de responsabilidades.
Também advertiu que ainda há «expulsões violentas» nas fronteiras da UE e «violações graves» dos direitos humanos que põem mesmo em perigo a vida dos migrantes. Combater ambos os flagelos é, na opinião do ACNUR, um aspecto «chave» de um sistema de asilo «justo e sustentável».
A organização também se concentra nas operações de salvamento no mar, de modo a que exista um mecanismo previsível tanto para a busca como para o desembarque, numa altura em que o governo italiano, controlado pela extrema-direita, endureceu as suas políticas contra as ONG que trabalham no Mediterrâneo central.
Instou também as presidências espanhola e sueca a favorecerem a ajuda aos países e regiões que acolhem a maioria das pessoas deslocadas à força, tendo em conta que quase três quartos dos refugiados do mundo e outros que necessitam de protecção internacional vivem em países de baixo e médio rendimento.
Fonte: (EUROPA PRESS)