
O Presidente francês Emmanuel Macron disse quarta-feira que não vai pedir «perdão» à Argélia pela história de colonização do país europeu.
Macron respondeu directamente de forma negativa aos pedidos de desculpas da Argélia, disse ele numa entrevista ao semanário francês «Le Point».
«Não tenho de pedir desculpa, não é essa a questão, a palavra quebraria os laços, não vou pedir desculpa à Argélia», disse ele, antes de explicar que «o pior seria concluir que pedimos desculpa e cada um segue o seu próprio caminho».
«A resposta falsa é tão violenta como a negação, porque, neste caso, não é um reconhecimento real», acrescentou o presidente francês.
Macron disse que é melhor reconhecer «que há algo indescritível» ou mesmo «imperdoável», e recomendou «olhar para a história francesa directamente».
«A capacidade de confrontar esta história no quadro de uma relação franco-argelina saudável é a possibilidade de fundar uma relação bilateral normal e frutuosa com o continente africano», disse ele.
A este respeito, indicou que espera «um desejo real por parte do presidente (argelino), Abdelmajid Tebune, de iniciar uma nova etapa» nas relações bilaterais, convidando-o a visitar Paris em 2023.
Por outro lado, o líder francês apelou ao «apaziguamento» das tensões da Argélia com o seu vizinho, Marrocos, uma vez que Argel anunciou em Agosto de 2021 que estava a romper as relações diplomáticas devido a uma série de circunstâncias, entre as quais citou progressos na resolução do diferendo sobre o Sahara Ocidental.
Rabat chamou à cessação das relações ‘injustificada’, lamentando a decisão e rejeitando ‘categoricamente os pretextos falaciosos, até mesmo absurdos, subjacentes à decisão’.
Fonte: (EUROPA PRESS)