O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, garantiu na terça-feira que a ajuda conjunta das instituições europeias e dos Estados membros do bloco à Ucrânia se aproxima dos 50 mil milhões de euros, o que faz da Europa o principal apoiante de Kiev face à agressão russa, à frente dos Estados Unidos.
«É mérito da Europa ajudar a Ucrânia a defender-se contra a agressão que está a sofrer. Tenho dedicado muito esforço para tornar isto possível, para construir unidade em torno de decisões que permitiram à Ucrânia resistir», disse o chefe da diplomacia europeia num debate no plenário do Parlamento Europeu em Estrasburgo.
De acordo com Borrell, a soma total da ajuda militar, financeira e humanitária é de cerca de 50 mil milhões de euros. «Isto coloca-nos em primeiro lugar entre os países em termos do montante da ajuda concedida à Ucrânia, à frente dos Estados Unidos», disse ele aos eurodeputados.
No entanto, insistiu que esta ajuda «não é suficiente» enquanto a Ucrânia continuar a sofrer o ataque sistemático do exército russo, que acusou de tentar destruir o país vizinho. «Teremos de apoiar a Ucrânia, e não apenas militarmente. Temos de manter a porta aberta às negociações, mas são precisos dois para fazer a paz e um para fazer a guerra», disse ele.
O chefe da diplomacia europeia concluiu argumentando que a UE, para além de ser uma potência comercial e um baluarte dos direitos humanos, deveria ser capaz de utilizar «hard power» quando necessário e ter a capacidade de influenciar a cena internacional. «Infelizmente, nem todos pensam como nós e alguns preferem a força à regra. Temos de ser capazes de responder a isto», disse ele.
Fonte: (EUROPA PRESS)