A primeira-ministra finlandesa Sanna Marin criticou na terça-feira a União Europeia por não ter tomado medidas «mais firmes» contra a Rússia em 2014 após a anexação da península da Crimeia, que ela acredita que poderia ter evitado a actual guerra na Europa de Leste.
Durante a sua visita ao Fórum Económico Mundial em Devos, Suíça, Marin lamentou que o bloco europeu tivesse aplicado «sanções muito mais duras» contra Moscovo em 2014, o que «teria tido um resultado diferente».
Em conversa com a jornalista Fareed Zakaria, a primeira-ministra finlandesa expressou a sua esperança de que as grandes potências ocidentais tenham aprendido a sua lição sobre como lidar com a Rússia.
Marin disse também que se Helsínquia tivesse sido membro da Aliança Atlântica em Fevereiro de 2022, a Rússia não teria decidido iniciar uma guerra contra a vizinha Ucrânia.
De acordo com o líder finlandês, esta é precisamente uma das principais razões pelas quais a nação escandinava se candidatou à adesão ao bloco. «Queremos ser um membro (…) porque nunca mais queremos uma guerra na Finlândia», disse ela.
Após décadas de neutralidade, a Suécia e a Finlândia escandinavas candidataram-se a aderir à Aliança Atlântica em resposta à invasão russa da Ucrânia. No entanto, a sua adesão continua congelada até à aprovação pelos parlamentos turco e húngaro.
Fonte: (EUROPA PRESS)