O Secretário-Geral da ONU, presidido por António Guterres, condenou na terça-feira o rapto de cerca de 50 mulheres entre quinta-feira 12 de Janeiro e sexta-feira 13 de Janeiro no departamento norte do Burkina Faso, em Arbinda, por presumíveis terroristas.
Apelou à libertação imediata e incondicional das mulheres e raparigas raptadas e instou as autoridades do Burkina Faso a não pouparem esforços para levar os responsáveis à justiça, disse o porta-voz Farhan Haq numa declaração.
«O Secretário-Geral reafirma o empenho da ONU em continuar a trabalhar com o Burkina Faso e os parceiros internacionais para melhorar a protecção dos civis, responder aos desafios humanitários e de desenvolvimento, promover e proteger os direitos humanos e apoiar os esforços no sentido de uma paz duradoura», afirmou.
De acordo com relatos dos meios de comunicação locais, 41 mulheres foram raptadas na manhã de quinta-feira à procura de folhas e frutos comestíveis. Um dia mais tarde, um segundo grupo de quinze mulheres – que não foram informadas do incidente no dia anterior – teve o mesmo destino nas mesmas circunstâncias.
Pelo menos cinco mulheres conseguiram fugir das mãos dos alegados terroristas, três do primeiro grupo e duas do segundo. O exército do Burkina Faso lançou uma busca pelo seu paradeiro, mas até agora ainda não encontrou a localização dos reféns.
Mais tarde verificou-se que um terceiro grupo de mulheres tinha sido raptado, elevando o número de pessoas desaparecidas para quase 80, disse um membro das forças de segurança da cidade de Arbinda à Radio France Internationale (RFI).
O departamento de Arbinda, na província de Soum, tem estado sob bloqueio terrorista há várias semanas, com repetidos confrontos entre as forças executivas do Burkina Faso e estes grupos armados.
Fonte: (EUROPA PRESS)