O antigo ministro das finanças da Bulgária, Asen Vasilev, disse quarta-feira que o país estava a fornecer combustível às forças armadas ucranianas pouco depois do início da invasão russa do território.
Disse que a Bulgária se tinha tornado «um dos maiores exportadores de gasóleo para a Ucrânia, o que permitiu cobrir regularmente até 40 por cento das necessidades de combustível do país».
Vasilev explicou em declarações ao jornal alemão Die Welt que o produto provinha das refinarias da empresa Lukoil Neftochim Burgas e esclareceu que a empresa foi solicitada a «obter um maior excedente de combustível com a intenção de suprir as necessidades do exército ucraniano depois de um representante do governo se ter queixado em Abril de que Kiev estava a ficar sem petróleo bruto».
Estas entregas foram alegadamente feitas em segredo e através de empresas intermediárias estrangeiras, embora vários altos funcionários ucranianos tenham confirmado que «em momentos vitais, o gasóleo foi recebido da Bulgária».
O próprio ex-Primeiro Ministro búlgaro Kiril Petkov confirmou recentemente que a Bulgária entregou combustível e munições à Ucrânia. «A maior parte do petróleo bruto que veio para a Ucrânia veio da Bulgária. Apesar do facto de não haver entregas directas, o que veio através da Polónia, Roménia, Estados Unidos e Reino Unido foi a produção búlgara», disse ele.
«Não podemos dizer abertamente que a estávamos a fornecer, mas estas entregas foram fundamentais para a guerra. Cerca de 40 por cento do gasóleo que veio para a Ucrânia era produzido na Bulgária. Foi assim que os ajudámos, porque não se pode travar uma guerra sem combustível», disse ele.
No entanto, a embaixada russa na Bulgária negou que este fornecimento fosse proveniente de Lukoil Neftochim Burgas, que era então propriedade exclusiva da empresa russa LUKOIL. A legação diplomática salientou que «o combustível da fábrica de Lukoil não foi enviado para a Ucrânia», e esclareceu que estes fornecimentos «devem ter vindo de outros produtores búlgaros».
Fonte: (EUROPA PRESS)