![Arquivo - O Presidente da Eritreia Isaias Afewerki na sua chegada ao Sudão para uma visita oficial em 2019. Arquivo](https://www.news360.es/wp-content/uploads/2023/01/fotonoticia_20230119132859_1920-5.jpg)
A Frente Popular de Libertação do Tigray (TPLF) negou na quinta-feira que o Exército da Eritreia tenha completado a sua retirada da região do Tigray, como indicado pela União Africana (UA), e apontou a sua presença na cidade de Shire.
«O facto é que as forças eritreias ainda estão em Tigray, não nas fronteiras», disse Kindeya Gebrehiwot, um alto funcionário do grupo, em resposta às reivindicações do mediador da UA para o conflito, Olusegun Obasanjo.
No seu relato no Twitter apontou para «uma fotografia recente mostrando as forças eritreias no Shire» e salientou que «Tigray entregou armas pesadas e as forças militares eritreias e não etíopes deveriam ter deixado Tigray como acordado».
Nesta linha, o porta-voz da TPLF, Getachew Reda, salientou que as forças do país vizinho ainda estão em Tigray e lamentou que a UA «deveria ir lá e fazer o seu trabalho antes de fazer tais declarações».
Obasanjo afirmou na semana passada numa entrevista com o Financial Times que «todas as forças eritreias» destacadas em Tigray para apoiar a ofensiva militar contra a TPLF se tinham retirado da região.
O conflito em Tigray estalou em Novembro de 2020 na sequência de um ataque da TPLF à base principal do exército em Mekelle, após o que o governo Abiy Ahmed ordenou uma ofensiva contra o grupo. A explosão dos combates seguiu-se a meses de tensões políticas e administrativas, incluindo a recusa da TPLF em reconhecer um adiamento das eleições e a sua decisão de realizar eleições regionais fora de Adis Abeba.
O TPLF acusa Abiy de alimentar tensões desde que chegou ao poder em Abril de 2018, quando se tornou o primeiro Oromo a tomar posse. Até então, a TPLF tinha sido a força dominante no seio da coligação governante da Etiópia desde 1991, a Frente Democrática Revolucionária Popular Etíope (EPRDF), de base étnica. O grupo opôs-se às reformas da Abiy, que considerou como uma tentativa de minar a sua influência.
Fonte: (EUROPA PRESS)