O Presidente francês Emmanuel Macron e o Chanceler alemão Olaf Scholz encenaram no domingo o seu apoio «inabalável» à Ucrânia que durará «o tempo que for necessário» na cimeira franco-alemã em Paris.
«Após 24 de Fevereiro», data do início da última ofensiva russa contra a Ucrânia, «a nossa união não se distanciou nem se eximiu às suas responsabilidades», salientou Macron após uma cerimónia na Universidade da Sorbonne para assinalar o 60º aniversário do Tratado do Eliseu, que lançou as bases para a reconciliação franco-alemã após a Segunda Guerra Mundial. Macron sublinhou o «apoio inabalável» de Paris e Berlim às autoridades ucranianas.
«O futuro, como o passado, assenta na cooperação dos nossos dois países como motor de uma Europa unida», acrescentou Olaf Scholz, que sublinhou que este «motor franco-alemão» é uma «máquina de compromisso» que permite «transformar conflitos e interesses divergentes em acções convergentes», relata o diário ‘Le Parisien’.
Assim, a França e a Alemanha continuarão a apoiar a Ucrânia «enquanto for necessário». «Continuaremos a dar à Ucrânia todo o apoio de que necessita enquanto for necessário», reiterou Scholz. «Juntos, como europeus, para defender o nosso projecto de paz europeu», acrescentou.
Scholz também agradeceu à França pela sua amizade. «Obrigado, Senhor Presidente, obrigado do fundo do meu coração», disse Scholz em francês ao líder francês. «Obrigado, irmãos e irmãs franceses, pela vossa amizade», acrescentou, de acordo com a agência noticiosa DPA.
O chanceler salientou a necessidade de uma Europa soberana, um objectivo para o qual ambos os países estão a trabalhar em conjunto. «Unindo forças onde só as nações perderam a assertividade: na salvaguarda dos nossos valores no mundo, na protecção da nossa democracia contra as forças autoritárias», sublinhou.
«Mas também no concurso de tecnologias modernas, na aquisição de matérias-primas, no fornecimento de energia ou em viagens espaciais», enumerou ele.
O Tratado do Eliseu foi fundamental para a construção da aliança entre a França e a Alemanha. Foi assinado 18 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial que colocou as duas potências uma contra a outra.
Fonte: (EUROPA PRESS)