O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak apoiou o presidente do Partido Conservador Nadhim Zahawi a manter-se no cargo por enquanto apesar dos seus «lapsos» fiscais, dizendo que embora tivesse sido «politicamente expediente» despedi-lo, «o devido processo» deve agora ser seguido.
«O politicamente expedito teria sido eu ter dito que este assunto devia estar resolvido até quarta-feira à hora do almoço», disse Sunak, referindo-se à sua sessão de perguntas e respostas na Câmara dos Comuns. Contudo, salientou que o «devido processo» deveria ser seguido e aguardar o resultado da investigação.
«A coisa certa a fazer é investigarmos minuciosamente este assunto e estabelecer todos os factos», respondeu Sunak às perguntas do líder trabalhista Keir Starmer sobre a situação de Zahawi.
Starmer disse que acredita que «qualquer pessoa que assista a um evento pensaria que é bastante óbvio que alguém que procura fugir aos impostos não pode também ser responsável pelos impostos». «Contudo, por alguma razão, o primeiro-ministro não pode dizer isso», acrescentou ele, de acordo com reportagens dos meios de comunicação britânicos.
Depois de Zahawi ter divulgado as suas declarações fiscais, nas quais reconheceu ter pago uma multa de cerca de 4,8 milhões de euros para resolver um problema fiscal, Sunak ordenou uma investigação para apurar se ele tinha infringido as regras ministeriais, uma vez que ele era o chefe do Tesouro na altura do acordo.
Para além de Zahawi, a controvérsia também afectou o secretário de gabinete Simon Case, cujas responsabilidades incluem aconselhar o primeiro-ministro sobre a idoneidade das nomeações ministeriais.
«Nenhum problema foi levantado comigo», Sunak pediu desculpa quando propôs o nome de Zahawi para ser o que é conhecido como um ministro sem pasta, um membro do gabinete que, sem funções específicas, pode desempenhar aquelas para as quais é nomeado num determinado momento pelo chefe de governo.
Fonte: (EUROPA PRESS)