
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá alargou na sexta-feira a sua «lista negra» para incluir 38 indivíduos e 16 empresas russas acusados de desinformação e divulgação de propaganda amigável do Kremlin no contexto da guerra na Ucrânia.
Com esta nova actualização, Ottawa assinalou um total de 1.160 indivíduos e 286 entidades jurídicas para promover a guerra na Europa Oriental ou divulgar a versão oficial do Kremlin do que Moscovo chama uma «operação militar especial».
A maioria dos indivíduos sancionados nesta nova ronda são jornalistas, enquanto que as empresas sancionadas incluem as agências noticiosas Rossiya Segodnya e RIA Novosti, bem como o portal SouthFront, especializado em informação militar e de segurança.
Ottawa sancionou também a United World International e a Foundation for the Fight Against Repression, «actores da desinformação» ligados ao fundador do Grupo Wagner e aliado do Presidente russo Vladimir Putin, Yevgeni Prigozhin.
«O Canadá está a tomar medidas activas para combater a desinformação russa, como parte dos seus esforços para apoiar a Ucrânia. Os ícones culturais e as organizações dos media não podem ser autorizados a explorar livremente o seu estatuto para promover falsidades e apoio injustificável à guerra de Putin», observou o Ministério dos Negócios Estrangeiros canadiano.
A Ministra dos Negócios Estrangeiros Mélanie Joly salientou que «a desinformação russa resultou no sofrimento de milhões» e acusou Putin de tentar «manipular a opinião pública».
A RÚSSIA COMPARA SANÇÕES À TERCEIRA REICH A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo Maria Zakharova comparou as sanções impostas pelo Canadá na sexta-feira às «tentativas de silenciar a voz da razão» durante o Terceiro Reich, o governo da Alemanha nazi, numa mensagem em Telegrama.
«As sanções canadianas contra repórteres e artistas russos podem ser comparadas à tentativa do Terceiro Reich de destruir o ‘espírito não-alemão’ e silenciar a voz da razão, queimando livros e proibindo publicações periódicas», disse Zararova numa declaração levada a cabo pela agência noticiosa russa Tass.
Após o anúncio das sanções, o embaixador da Rússia em Otava, Oleg Stepanov, avisou que Moscovo responderia, como tem feito desde o início da guerra, «com base no princípio da reciprocidade».
«A resposta será, porque agimos sempre com base no princípio da reciprocidade. Responderemos a todas as acções hostis das actuais autoridades canadianas», disse Stepanov à agência noticiosa TASS da Rússia.
Fonte: (EUROPA PRESS)






