
O governo australiano acusou na terça-feira o Irão de tentar espiar cidadãos iranianos que vivem em solo australiano, na sequência de protestos domésticos pela morte de Mahsa Amini.
A ministra australiana dos Assuntos Internos, Clare O’Neil, disse, anunciando que o seu governo iria expor as campanhas de interferência estrangeira na Austrália, ao nomear publicamente os países responsáveis por elas, informou o ABC.
O Irão foi o primeiro dos países com o nome O’Neil, quando informou que a Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) impediu uma operação do governo iraniano na Austrália visando um irano-australiano ligado aos protestos.
«A ASIO perturbou as actividades daqueles que tinham conduzido a vigilância da casa de um irano-australiano, bem como uma investigação extensiva deste indivíduo e da sua família», disse o ministro dos Assuntos Internos aos repórteres.
«Tenho o prazer de dizer que as nossas agências tomaram imediatamente conhecimento. A ASIO localizou a operação e encerrou-a imediatamente», acrescentou ela, tal como relatado pela Bloomberg.
De acordo com O’Neil, as autoridades de Teerão tentaram monitorizar a casa do cidadão irano-australiano, incluindo fazer inquéritos sobre os seus amigos e família.
Em resposta, advertiu que a Austrália não «ficará de braços cruzados» ao permitir que os australianos ou visitantes do país sejam monitorizados e seguidos por governos estrangeiros.
«A Austrália não tolerará actos hostis sob a forma de vigilância, assédio ou intimidação contra os seus cidadãos, acrescentou ela.
Fonte: (EUROPA PRESS)






