
O proprietário do Grupo Wagner, o oligarca russo Yevgeni Prigozhin, confirmou terça-feira que criou e financiou a Agência de Pesquisa na Internet, uma «quinta de troll» com sede em São Petersburgo, acusada de interferir nas eleições americanas de 2016.
«Nunca fui simplesmente o único a financiar a Agência de Investigação na Internet. Eu inventei-o, criei-o, geri-o durante muito tempo», indicou Prigozhin no seu serviço de imprensa, acrescentando que o fez «para proteger o espaço de informação russo» das teses «propaganda» e «anti-russa» ocidentais.
Embora o Prigozhin já tivesse afirmado em Novembro que tinha «interferido» nos processos democráticos dos EUA no passado, esta é a primeira vez que reconhece publicamente o seu papel central na Agência de Investigação da Internet (IRA).
O Departamento de Estado norte-americano em Julho procurou uma recompensa de até dez milhões de dólares por informações relacionadas com o IRA, bem como com o oligarca russo.
«O IRA é uma entidade russa envolvida em operações de interferência política e eleitoral. A partir de 2014, o IRA iniciou operações para interferir no sistema político dos EUA, incluindo as eleições presidenciais de 2016, com o objectivo estratégico de semear a discórdia», observou o departamento na altura.
Os Estados Unidos sancionaram o oligarca russo em 2020, bem como várias outras pessoas ligadas a esta organização, cujo objectivo, segundo Washington, era ajudar à reeleição do antigo presidente Donald Trump contra o actual presidente, Joe Biden.
O procurador especial Robert Mueller, num relatório sobre a alegada interferência russa, analisou o papel dos agentes russos nas eleições de 2016, que utilizaram as contas dos meios de comunicação social para interferir no processo.
Fonte: (EUROPA PRESS)






