O Supremo Tribunal liberta mais 130 suspeitos em 8 de Janeiro de ataques

Arquivo
Arquivo – Assaltantes na sede dos três poderes estaduais do Brasil – MARCELO CAMARGO / XINHUA NEWS / CONTACTOPHOTO

O Juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes ordenou na quinta-feira a libertação de mais 129 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques a instituições a 8 de Janeiro, elevando para mais de 1.100 o número de pessoas que foram libertadas mas que permanecerão sob vigilância.

Das 2.200 pessoas presas por esses actos, apenas 294 permanecem na prisão, quase todas homens. Aqueles que foram libertados devem usar uma pulseira electrónica, não abandonar as suas casas à noite, não utilizar redes sociais e não contactar outros detidos.

A decisão de libertar os 129 detidos segue-se a uma manifestação da Procuradoria-Geral da República. A avaliação do juiz do Supremo Tribunal é que, após a acusação formal, o acusado «já não representa um risco processual ou para a sociedade neste momento», de acordo com o website do Uol.

De Moraes, responsável pela macro-investigação, apresentou vários delitos contra os suspeitos, tais como incitação ao crime e associação para cometer crimes. Cerca de 1.000 deles terão de responder por estas acusações, enquanto 219 terão de responder por acusações mais graves, tais como tentativa de golpe de estado.

O ataque à Esplanada dos Ministérios foi inédito na história do Brasil. Milhares de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro tinham estado a moer durante semanas em frente ao quartel do exército em protesto contra a vitória eleitoral do actual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

As autoridades estão agora a avaliar se o ex-presidente Bolsonaro pode ter incitado os seus apoiantes a atacar violentamente as sedes dos três ramos do governo, após meses de ataques a instituições como o Supremo Tribunal e os seus juízes, e lançando dúvidas sobre a fiabilidade do sistema eleitoral brasileiro.

Fonte: (EUROPA PRESS)