
Funcionários sírios criticaram a conferência de doadores de domingo em Bruxelas, que prometeu 7 mil milhões de euros para apoiar as vítimas dos terramotos de 6 de Fevereiro na Turquia e na Síria, argumentando que Damasco não estava de modo algum envolvido nas conversações.
A conferência realizou-se sem coordenação com o governo sírio que representa o país atingido pela catástrofe e mesmo sem o convidar a participar nas suas actividades», disse o ministério dos negócios estrangeiros sírio.
Os responsáveis pela conferência chegaram mesmo a excluir a participação dos principais actores humanitários das ONG sírias», acrescentou, antes de salientar que isto revela uma «politização do trabalho humanitário», informou a agência noticiosa estatal síria SANA.
Observou que esta posição «é também evidente na imposição contínua de medidas coercivas, ilegítimas, desumanas e imorais contra o povo sírio, incluindo os afectados pelos terramotos», referindo-se às sanções aplicadas contra Damasco após o início da guerra em 2011.
Além disso, salientou que «as forças norte-americanas presentes ilegalmente em território sírio continuam a roubar milhares de barris de petróleo sírio e a contrabandeá-lo para fora do país, sem ter em conta as necessidades urgentes das pessoas afectadas pelos terramotos».
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio transmitiu aos organizadores da conferência que «o padrão mínimo para melhorar as condições de vida das pessoas afectadas pela catástrofe do terramoto exige, antes de mais, uma vontade política sincera e a retirada imediata e incondicional das políticas de punição colectiva contra os sírios».
A Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen indicou também que Bruxelas acolherá em 14-15 de Junho uma nova Conferência sobre o futuro da Síria e da região, onde os esforços se concentrarão em avançar para uma solução política do conflito, mas também servirão para «gerar compromissos adicionais» de ajuda humanitária e recuperação na região síria devastada pelo terramoto.
Fonte: (EUROPA PRESS)