O governo retomou a política de reconhecimento dos territórios das comunidades quilombolas, aqueles tradicionalmente habitados pelos descendentes dos escravos africanos da era colonial portuguesa, que tinham sido paralisados durante a anterior administração de Jair Bolsonaro.
O Ministério da Igualdade Racial informou que 936 famílias irão beneficiar desta nova medida após a assinatura pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de três títulos que reconhecem a especificidade de mais de 3.100 hectares de terra, estendendo-se pelos estados de Sergipe e Minas Gerais, relata a Agencia Brasil.
Muito se tem falado sobre democracia nos últimos anos, nos quais ela tem sido de facto ameaçada. A verdade é que nenhum país do mundo será uma verdadeira democracia enquanto a cor da pele das pessoas determinar as oportunidades que terão ou não durante toda a sua vida», disse Lula.
Promover os direitos das comunidades quilombolas no Brasil é um acto de reparação da enorme dívida histórica que o Estado brasileiro tem com estas populações», afirmou a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O último título que foi confirmado foi em 2019, mas não por iniciativa do governo bolonaro, mas por imposição judicial. Como as organizações de defesa dos povos indígenas têm feito nos últimos anos, os descendentes da escravatura também denunciaram a negligência e o desleixo a que foram relegados pela administração bolonhariana.
Fonte: (EUROPA PRESS)