O Ministério Público do México acusou uma vez mais o ex-Procurador Jesús Murillo Karam, desta vez por um alegado crime de tortura contra Felipe Rodríguez Salgado, vulgo «El Cepillo», um dos assassinos de Guerreros Unidos envolvido no desaparecimento e assassinato dos 43 professores estudantes de Ayotzinapa.
Murillo Karam está detido desde Agosto de 2022. É o primeiro político de alto nível a ser preso e acusado do desaparecimento dos estudantes em 2014, que depois de assistir a um protesto foram assediados e mortos pela polícia local em conluio com grupos criminosos.
Por este crime, Murillo Karam foi acusado dos crimes de tortura, desaparecimento forçado e falsificação de documentos, nos quais estava alegadamente envolvido para fabricar a chamada «verdade histórica», a versão do governo para esconder a participação de várias estruturas estatais no que aconteceu.
No caso do «El Cepillo», o Ministério Público afirma que ele foi torturado durante os interrogatórios para que corroborasse a versão oficial, e a prova disso é uma gravação em que o assassino aparece numa sala algemado e encapuçado, sendo ameaçado pelo antigo director da Agência de Investigação Criminal (AIC), Tomás Zerón de Lucio, actualmente um fugitivo da justiça.
Fonte: (EUROPA PRESS)