O Procurador-Geral do Equador, Wilson Toainga, solicitou na quarta-feira a detenção preventiva do ex-presidente equatoriano Lenín Moreno, bem como da sua esposa, Rocío González, e de outros oito arguidos no caso «Ina Papers».
O pedido de prisão preventiva vem depois de dez dos 37 arguidos no caso – que inclui alegados crimes de suborno e cujo perjúrio económico ascende a 76 milhões de dólares (cerca de 70 milhões de euros) – não se terem apresentado periodicamente à esquadra de polícia, uma vez que o juiz que investiga o caso ordenou depois de os ter acusado de suborno.
Moreno e Gonzalez estão no Paraguai, onde residem actualmente. Em Março, um juiz do Equador rejeitou o seu pedido de se apresentarem periodicamente à Embaixada do Equador em Assunção, capital do Paraguai, em vez de se dirigirem a uma esquadra de polícia em Quito. Quando foi rejeitado, ambos deveriam apresentar-se à esquadra de polícia equatoriana de 15 em 15 dias, o que no final não fizeram.
Agora, o juiz encarregado do caso terá de decidir se aceita o pedido do procurador que, para além de ter de voltar a prender os dez acusados, solicitou a emissão de um mandado de busca e captura da Interpol para aqueles que se encontram no estrangeiro.
O caso ‘Ina Papers’ eclodiu em 2019, quando alegadas irregularidades relacionadas com empresas offshore e pessoas próximas de Moreno, então presidente do país e que na altura negou o seu envolvimento no alegado esquema de corrupção, se tornou conhecido.
Fonte: (EUROPA PRESS)