O ministro das Infra-estruturas de Portugal, João Galamba, respondeu no sábado às acusações sobre a investigação de pagamentos irregulares de indemnizações na companhia aérea estatal TAP.
O ministério nunca quis esconder nenhuma nota da comissão de inquérito», disse Galamba numa conferência de imprensa em que apontou o dedo ao seu antigo adjunto, Frederico Pinheiro, porque foi ele que não quis passar as notas à comissão parlamentar.
Pinheiro foi quem gerou a polémica, porque negou a afirmação do Governo de que estava a investigar o pagamento irregular, o que levou à sua demissão, relata o jornal português ‘Diário de Notícias’. Além disso, Galamba terá pedido ao Serviço de Informações de Segurança (SIS) para recuperar o computador de Pinheiro.
Galamba sublinhou que preenche «todas as condições para estar neste governo», em referência aos repetidos pedidos de demissão da oposição. Os factos são claros, diria mesmo cristalinos, e demonstram à saciedade o esforço de todos os elementos da minha equipa e a insistência reiterada de que tudo foi recolhido», afirmou.
Galamba anunciou que tinha pedido uma prorrogação à comissão de inquérito para entregar as notas da reunião secreta com um antigo director da TAP.
Quanto ao pedido ao SIS, Galamba garantiu que a polícia foi primeiro contactada após os ataques a dois elementos do seu gabinete e que depois o SIS e a Polícia Judiciária foram contactados porque o computador tinha »uma grande colecção de documentos classificados» porque são organismos que »tratam da protecção de dados e da cibersegurança».
No meio da polémica, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, indicou que vai pedir informações ao primeiro-ministro, António Costa, sobre o sucedido.
Só tenho duas coisas a dizer sobre isto: a primeira é que (…) não tenho informação completa sobre o assunto e a segunda é que quando tiver informação completa, a primeira pessoa com quem falarei é o primeiro-ministro. Portanto, o que quer que eu tenha para dizer, dir-lhe-ei», explicou de Beja, no sul de Portugal.
Fonte: (EUROPA PRESS)