O poder judicial peruano decretou na quinta-feira uma proibição de 15 dias contra o antigo primeiro-ministro Betssy Chávez, que está sob investigação por alegados crimes de rebelião e conspiração no contexto da tentativa do ex-presidente Pedro Castillo de dissolver o Congresso e criar um governo de emergência.
A decisão do tribunal, assinada pelo Juiz do Supremo Tribunal Juan Carlos Checkley, declarou assim o pedido do Congresso bem fundamentado, apenas três dias depois de rejeitar outra medida na sequência de erros na forma do pedido, informou a RPP.
O Supremo Tribunal peruano declarou na segunda-feira o pedido do Parlamento Andino «inadmissível», mas deu-lhe três dias para corrigir o pedido «sob pena de ser rejeitado».
Entretanto, Checkley ordenou que as forças de segurança fossem informadas para registar a medida e para informar as unidades policiais a nível nacional.
A Comissão Permanente do Congresso concordou na sexta-feira passada, a pedido do Ministério Público, em solicitar ao Poder Judiciário esta medida contra Chávez para a impedir de sair do país enquanto ela estiver a ser investigada.
No início de Março, surgiram imagens inéditas mostrando Castillo em conluio com Chávez nos momentos anteriores ao discurso do ex-presidente em que anunciou as medidas acima mencionadas, as quais, no final, não foram apoiadas e levaram à sua prisão.
Após a detenção do antigo presidente, a então ‘número dois’ de Castillo, Dina Boluarte, foi promovida à presidência, enquanto os sectores sociais simpatizantes de Castillo saíram à rua para encenar protestos que duraram até ao presente, exigindo a partida de Boluarte e a convocação de novas eleições.
O governo, por seu lado, respondeu duramente aos protestos, no contexto dos quais já morreram cerca de 60 pessoas, o que levou a duras críticas de organizações internacionais e potências estrangeiras.
Fonte: (EUROPA PRESS)