As autoridades ucranianas confirmaram na sexta-feira à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) que as suas quatro centrais nucleares conseguiram restabelecer a ligação à rede principal após uma onda de ataques russos que causaram mesmo um «apagão maciço» na vizinha Moldávia.
Numa declaração, a agência observou que a central nuclear de Zaporiyia informou na quinta-feira que a ligação externa da instalação tinha sido restabelecida, enquanto na sexta-feira a Ucrânia informou também a AIEA de que as outras três instalações – Rivne, Ucrânia do Sul e Khmelnitsky – estão agora ligadas à rede.
Todas as quatro centrais nucleares ucranianas foram desligadas da rede em resultado da onda de bombardeamentos lançada pelos militares russos na quarta-feira, segundo o operador ucraniano, que avisou que a central de Zaporiyia estava a funcionar com geradores a diesel.
A Energoatom relatou na sua conta Telegam que devido a uma diminuição da potência, o modo de emergência foi activado nas centrais de Khmelnitsky, Rivne e Ucrânia do Sul, que têm um total de nove reactores. Todos eles são controlados pelas autoridades ucranianas.
Zaporiyia, com seis reactores e assumido pelas forças russas no início de Março, entrou directamente no «encerramento total». O Director-Geral da AIEA Rafael Grossi reuniu-se com uma delegação russa na quarta-feira para discutir a possível criação de uma «zona de protecção» em torno da central nuclear de Zaporiyia, considerada a maior da Europa.